sábado, 28 de janeiro de 2012

Estranho

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estranho
Um tiro no estômago e palavras interminadas.
quem é esse? estranho que por mim se alimenta?
que chega toda noite com seu hálito e me diz mentiras.
que me tira todos os dias; os poucos pedaços que você me entrega.
Reptil lacertílio...na aridez que predomina onde você não estiver.
Quem é o estranho que quer falar por mim?
que vive a me envenenar e me roubar de mim.
nada mais sou; nada mais serei se ele te levar com a noite...
negra...vestida de sangue...derramando cada cálice amargo.
me cortando com o punhal da saudade.
quem é o estranho que deita em minha cama para mentir?
que fica entre nós para nos impedir.
quem me dera ser bala prateada e sangrá-lo
estranho, estranho... é o ócio da noite.
quer roubar o meu amor.
quer meu ouro e me deixar cinzas...
vá-te estranho
deixe-me viver

E.L

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